Dizem os entendidos na matéria, que este foi o verão mais quente desde que há registos de temperatura… porque nem sempre a medimos, nem sempre vivemos “under the spell of analytics“.
Sabiam lá os nossos tetras e bisas destas coisas. Tomavam o clima pelo simples olhar o céu, pelas formas das nuvens, a direcção do soprar dos ventos, pelo agitar das ondas e das diferentes marés.
Facto é que o mundo está mais quente, apesar de acharmos que isto é cenário exclusivo do nosso Portugal, de Lisboa, da Caparica, da Costa Alentejana ou dos Algarves e que o “C’est le nord!” não tem direito a estas regalias do tempo.
Desenganem-se. Até os nórdicos têm direito a doses radioactivas de calor extremo, a ondas que deformam a visão de tal forma que, quando este bate no asfalto lhes causa miragens e pensam que estão no Algarve numa sunset party!
É outono e ainda vamos a banhos. A época balnear prolongou-se por mais umas semana. Está calor suficiente. Podemos cheirar a protector por mais uns dias, expor a pele a mais uns ultravioletas e achar que está tudo bem. O que interessa é ter solinho com a devida farturinha. Certo!?
Como será o calor para o ano que vem? E o inverno? Teremos verão de inverno à portuguesa? E diremos nós: “Mas que abençoado solinho este!”
Fotografias e texto – Raquel Félix // Portugalize.me