Quando pensamos em determinadas matérias primas tendencialmente as associamos a determinados objectos do nosso quotidiano. Imaginamos papel… cadernos ou livros, imaginamos cortiça… rolhas, imaginamos uma mesa… madeira, um aparador… madeira, uma moldura… madeira. Há matérias que nos “empurram” para o convencional, para objectos com os quais nos sentimos mais familiarizados.
Cabe ao Homem dar-lhes um destino, uma forma, um uso. O destino das matérias parte das mãos de quem as molda e este, nem sempre é o mais convencional. Há uns anos atrás seria difícil imaginar o potencial que a cortiça alcançou internacionalmente. Uma matéria muito pouco explorada revelou-se multifacetada (usada em roupa, revestimentos, bijuteria, decoração, calçado…). As matérias mostram-se mais, revelam-se para além das evidências com a ajuda da criatividade humana.
Recentemente, começámos a ouvir falar do uso de novas matérias primas nas armações para óculos. Desde madeira, bambu e agora, admirem-se os mais conservadores, até cabelo humano! Mas fiquemos pela madeira, aquele material que facilmente associamos aos móveis lá de casa. A madeira revelou-se resistente e atractiva o suficiente para que projectos novos começassem a surgir. A marca de óculos portuguesa Resso, é um desses projectos e diferencia-se pelo processo artesanal que escolheu para a manufactura de cada peça. Na aldeia de Balugães, em Barcelos, há mãos que trabalham a madeira para dar nova vida aos rostos de muitas gentes.
Cada par de óculos é único, a madeira confere-lhe essa unicidade, tal e qual uma impressão digital. Se os olhos são a “janela da alma”, sendo que cada alma é única em si, específica, os óculos Resso reafirmam essa especificidade. Num mundo cada vez mais estandardizado, ter uma peça exclusiva é um luxo mas, não tem de ser sinónimo de caro.
Abra os olhos de forma diferente!
(Texto: Raquel Félix/ Portugalize.Me/ Imagens: Resso)